De onde vem nossas emoções, ansiedade e medo? Segundo a psicóloga Loriane Heide quando pensamos por emoções a primeira imagem que temos é do coração, porém estamos enganados, nossas emoções se originam no cérebro. “Nosso cérebro é composto de três estruturas, que são: Cérebro Reptiliano, que responde pela digestão, reprodução, circulação, respiração e resposta de luta, fuga ou congelamento; Cérebro Límbico, que responde pelas emoções relacionadas ao afeto, expressão e mediação das emoções, instintos e motivação; e o Cérebro Neocórtex, que responde pela linguagem, cognição, raciocínio e movimentos voluntários (VOLPI, 2014). Inicialmente acreditava-se que as emoções eram construídas pelo Cérebro Límbico, contudo estudos mais recentes demonstram que o processo de construção de emoções é interativo e despende de energia das três regiões cerebrais”, explica a psicóloga.
Ansiedade ou medo?
Para a psicóloga muitas vezes ansiedade e medo não são claramente identificados, sendo confundidos um com o outro. Para que possamos melhor identifica-los é preciso conhecer suas definições: Ansiedade, por exemplo, é a antecipação a ameaça futura, a qual poderá vir a acontecer ou não, por sua vez o Medo é a resposta emocional a ameaça eminente ou percebida. “A ansiedade coloca o sistema neurovegetativo em estado de alerta, caracterizado por: palpitação cardíaca, taquicardia, descontrole da pressão arterial, dificuldades respiratórias, contrações musculares, palidez e rubor no rosto, arrepios, sensações de secura na boca, necessidade de urinar e de evacuar e sudorese, também proporciona a tensão muscular que prepara o corpo para a possível situação de perigo e estabelece comportamento constante de esquiva”, diz.
Já no caso do medo, a psicóloga explica que como a ameaça está presente, desenvolvem-se períodos de excitabilidade autonômica aumentada necessária para a luta e para a fuga. “É importante percebermos os aspectos benéficos que existem por meio da ansiedade, pois ela alimenta no indivíduo a prudência interior, a coragem com que executa ações que havia realizado antes e o impulso para a sociabilidade, o qual se trata do sentimento de inadequação que força o indivíduo a buscar ajuda e segurança na convivência com os demais seres humanos de seu meio”, observa.
Para finalizar a psicóloga lembra que a diferença entre a ansiedade normal do ser humano ou a ansiedade patológica, é a frequência com que os sintomas são apresentados e a maneira como interferem no dia-a-dia.
Serviço
Psicóloga Loriane Heide
CPP/SC-12/14589
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