Invasões e furtos em cemitérios viram notícia com frequência, porque as práticas, infelizmente, seguem sendo comuns em várias regiões do país. Os furtos tem como objetivo, na maioria das vezes, subtrair placas, crucifixos, puxadores, alças de caixão de bronze ou metais valiosos para a venda. Todo esforço e cuidado das famílias para a despedida de um ente querido é desrespeitado.
Em algumas situações, criminosos não poupam nem imagens religiosas. Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, uma estátua de Jesus Cristo de quase 2 metros foi furtada no cemitério mais antigo da capital. A peça havia sido feita em 1963 para ficar no mausoléu de uma família, que, além de lamentar a perda de um valor monetário, lastimou o fim de uma peça antiga e de valor sentimental.
A baixa segurança em muitos locais também permite que outros crimes sejam praticados nos cemitérios, como furto de restos mortais sem intuito conhecido, vandalismo e necrofilia. Em abril de 2021, um túmulo foi depredado e o crânio e lápide foram furtados em um cemitério de José Boiteux, Vale do Itajaí, causando revolta na família e população.
Para quem já enfrentou esse problema ou teme pela segurança do jazigo familiar em cemitério, uma orientação é optar por funerárias que oferecem materiais de porcelana ou ACM, que inibem o furto. Outra dica é manter os jazigos da família fechados e protegidos, sem imagens, placas e estátuas do lado de fora.
O que pode-se considerar é investir em jazigos em cemitérios verticais. Além de apresentar o benefício da sustentabilidade, a maioria conta com segurança própria 24h e horário de visita específico, com controle de visitantes. Outra opção é a da cremação, dando uma destinação diferente de um cemitério para as cinzas do falecido.